Resenha: Êxodo: A Saga do Ouro Azul - Clóvis M. Fajardo


Sinopse: 
O ano é 2065. Tudo termina aqui! A água... A humanidade... A crise da água chegou ao extremo limite, e com ela o desemprego, a fome, o medo e a revolta. A falta de um recurso tão essencial nivelou ricos e pobres em uma única categoria: sobreviventes. No Brasil um apagão geral deu início ao êxodo urbano desencadeando uma guerra urbana: a Guerra Azul. A água, o Ouro Azul, tem seu devido respeito nessa obra singular marcada pela fé, não somente em Deus, mas no futuro e nas próprias pessoas.

Título: Êxodo - A Saga  do Ouro Azul
Autor: Clóvis M. Fajardo
Editora: Autografia
Ano de Lançamento: 2015
Páginas: 90
Gênero: Contos/Distopia


Estou devendo essa resenha há um bom tempo para o Clóvis! É até vergonhoso dizer isso... Recebi o livro em abril do ano passado, gente! Ainda bem que as coisas estão fluindo melhor agora! Hallelujah! Thank you, Jesus! Vamos ao que importa...

Êxodo: A Saga do Ouro Azul traz 8 contos sobre a escassez de água no estado de São Paulo em 2065. A desatenção com o uso da água causou sérios problemas para a população, dentre eles, seca, fome, desemprego e principalmente falta de energia. Tudo está um verdadeiro caos. Saqueadores e assassinos tomaram as ruas, os quais na realidade são pessoas desesperadas que lutam com suas poucas forças para sobreviver e esconder o pouco de água, ou melhor, ouro azul remanescente.


Somos apresentados a diversos personagens, cada um com uma história diferente para contar, mas compartilhando do mesmo objetivo: sobreviver. Devido a isso, a maldade humana ganha destaque em algumas partes, já que a ganância e o egoísmo se apossaram dos corações daqueles que querem tirar proveito da situação.

Alguns contos são interligados e a narração varia entre 1ª e 3ª pessoa, o que acabou trazendo dinamismo ao texto. Fajardo utiliza uma linguagem mais apurada e envolve aspectos religiosos na narrativa. Essa questão da religiosidade foi uma das coisas que me desagradaram, porque em alguns momentos parecia que eu estava acompanhando os personagens da Bíblia, por tomarem atitudes parecidas.


Outro ponto negativo foi o uso excessivo de "ele" e "ela", uma vez que há praticamente a ausência de nomes. Isso empobreceu a obra e poderia ter sido evitado com o uso de adjetivos. Algo que também me incomodou (e muito) foi o fato das personagens femininas não terem sido destacadas, elas pareciam ser apenas adereços, senti um pouco de machismo aqui sim. 

Em relação a parte gráfica, a capa é simples, mas o efeito que dá a água em movimento é muito bacana! As páginas são brancas e a diagramação no geral é boa. O tema está muito em voga. É uma boa ler um livro que desperte a consciência sobre a falta de água e o que isso pode acarretar. 


Sobre o autor:

Professor de Língua Portuguesa, Clóvis M. Fajardo já publicou em 6 antologias, foi premiado duas vezes no Concurso Literário de Praia Grande e é o autor do livro Êxodo - A Saga do Ouro Azul publicado pela Editora Autografia.

Amante da escrita, procura sempre novas técnicas para fazer boas histórias onde o leitor possa mergulhar no seu universo e nunca mais querer sair.


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